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Somos todos Simone Biles

Numa semana marcada pelos Jogos Olímpicos de Tóquio, em que tanto se fala da prática de desporto e da competição saudável, surge uma nova temática, trazida pela ginasta profissional Simone Biles, que decidiu retirar-se das competições para priorizar a sua saúde mental.


Além de Simone Biles, outros atletas de alta competição já haviam alertado para a mesma situação. Naomi Osaka, tenista profissional japonesa, relevou que a pressão das competições lhe causa ''enormes ondas de ansiedade'' e ''episódios depressivos''.

À semelhança dos exemplos de Simone Biles e Naomi Osaka, existem muitos outros: Tom Dumoulin, ciclista profissional holandês e Liz Cambage, basquetebolista inglesa, são alguns dos exemplos que podemos encontrar, quando se fala de desporto de alta competição e saúde mental. Diana Durães, nadadora olímpica, e Célio Dias, judoca, são também exemplos de atletas portugueses que sofrem com problemas de saúde mental


Todos estes profissionais, alertaram para a pressão causada pelas competições e por todas as consequências que isso lhes trazia, não só na sua saúde mental, mas também na sua vida pessoal e familiar.

Imagem at Unsplash

A mensagem que Simone Biles e todos os outros atletas passaram ao longo desta jornada de Jogos Olímpicos, é uma mensagem simples, mas muito poderosa:


''Dar valor à saúde mental.

Priorizar a saúde mental.

E todos nós podemos fazê-lo.''


É cada vez mais importante estar atento ao sinais e saber parar quando é preciso. Se um atleta de alta competição sente que deve parar o seu trabalho para priorizar a sua saúde mental, então qualquer um de nós pode agir da mesma forma.


Tão importante quanto saber parar, é saber pedir ajuda: muitas pessoas conseguem reconhecer que não estão bem e que o seu sofrimento psicológico é algo real, no entanto, não dispõem das ferramentas necessárias para acionar essa ajuda. Existem vários contactos e várias redes de apoio disponíveis, não só para aconselhamento psicológico ou intervenção em crise, mas também para encaminhar quem pede ajuda, para outras respostas institucionais ou contactos mais adequados.


Além da linha de Saúde 24 (808 24 24 24), onde é possível pedir aconselhamento psicológico, existem outros contactos igualmente uteis, que podem ser uma mais valia:


  • Centro SOS Voz Amiga: Linha de apoio emocional que se disponibiliza a ajudar todos aqueles que se encontram em situações de sofrimento causadas pela solidão, ansiedade, depressão ou risco de suicídio - 213 554 545/912 802 669;

  • Linha Telefone da Amizade: Serviço telefónico e de correio eletrónico destinado à prevenção de suicídio e apoio em situação de crise pessoal - 22 832 35 35;

  • Linha Conversa Amiga: Serviço de atendimento telefónico com o objetivo de prestar apoio e acompanhamento emocional a todos os cidadãos - 808 237 327/210 027 159;

  • Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) - 116 006;

  • Linha de Apoio Psicológico, Fundação S. João de Deus: Equipa de psicólogas disponíveis para apoiar quem mais precisa e/ou se encontre em situação de isolamento 924 101 462/961 962 818;

 

''Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas de inteligência''

 

Até breve!


Susana Santos

Psicóloga Clinica

Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses nº24251


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