PORQUÊ AGORA?
Vivemos numa sociedade cada vez mais egocêntrica, muito alimentada pelo impacto das redes sociais que promovem o individualismo. Ao mesmo tempo, deparamo-nos com a banalização de notícias trágicas devido ao excesso de informação com o qual somos confrontados diariamente.
A proposta para este filme surge da necessidade de criar, a partir do zero, uma história na qual acreditamos e que retrata um tema fraturante da sociedade atual – o abuso sexual. Com este filme pretendemos abordar temas como a igualdade de género, o abuso de poder, e as consequências que uma relação sexual forçada pode ter na vida tanto de quem é agredido como na daqueles que rodeiam a vítima e/ou o violador.
SEGUNDO OS DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES A 2020 DA APAV - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO À VÍTIMA - MAIS DE 70% DAS VÍTIMAS DE CRIMES SEXUAIS SÃO DO SEXO FEMININO.
AS RELAÇÕES ENTRE AUTOR E VÍTIMA DE CRIME, SÃO GERALMENTE RELAÇÕES DE INTIMIDADE E EM 2020, TOTALIZARAM-SE MAIS DE 44% DAS RELAÇÕES ESTABELECIDAS.
OS LOCAIS DE CRIME MAIS COMUNS FORAM A RESIDÊNCIA COMUM (54,1%) E A RESIDÊNCIA DA VÍTIMA (16%).
Depois de uma festa, a vida de cinco jovens muda dramaticamente quando uma denúncia de agressão sexual. Os personagens são sujeitos a um processo de investigação que os leva a questionar as suas amizades, convicções e a sua própria identidade.
UMA FESTA MEMORÁVEL. UMA DENÚNCIA.
Guilherme (Gonçalo Braga) atinge a maioridade e decide dar a maior festa da sua vida com quase metade dos estudantes do colégio. Entre eles, o mesmo grupo de sempre: Afonso (Francisco Monteiro Lopes), Joana (Maria Gomes Andrade) e Francisca (Maria Freire), que convida Inês (Carolina Faria) a integrar o núcleo de amigos. Durante a noite, todos os excessos são cometidos, e na manhã seguinte é feita a denúncia de uma agressão sexual. O grupo é então sujeito pela inspetora Carla (Carla Maciel) a prestar depoimentos na Polícia Judiciária, depoimentos esses que mais tarde se revelam carregados de omissões e mentiras. Porque é certo que o crime foi cometido por um, mas a culpa… essa é de todos.
UM FILME SOBRE UM CRIME SEXUAL.
ESTE PROJETO NASCE NUMA CONVERSA DE CAFÉ ENTRE AMIGOS. POSSIVELMENTE NUMA CRISE DOS VINTES, JUNTANDO O FACTO DE TERMOS ACABADO DE SAIR DE UM CONFINAMENTO E A VONTADE DE TRABALHAR SER MUITA. É MUITA.
Foi num debate de ideias e análise do mundo atual onde vivemos que surge a urgência de contarmos esta história. Porque nos assusta. Assusta-nos saber que este é o mundo onde vivemos. E está na altura de falar abertamente sobre assuntos que chocam.
PORQUE HÁ HISTÓRIAS QUE PRECISAM DE SER CONTADAS.
Mais do que nunca, este é um tema urgente que precisa de ser retratado de uma forma crua e real, de modo a consciencializar o espectador. E nós acreditamos que juntos conseguimos chegar mais longe.
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